Olá Leitores, hoje iremos falar sobre um assunto de grande importância para os próximos dias: as eleições e a influência do TikTok neste processo.
Em 02 de outubro de 2022, acontecerá no Brasil o primeiro turno das eleições para os cargos de presidente (a) da república, governadores (as) estaduais, senadores (as), deputados (as) estaduais e federais.
O grande diferencial dessa campanha, que começou oficialmente em 16 de agosto, é o uso do ambiente virtual, como as redes sociais como Twitter, Instagram, Facebook e a rede que recentemente tem ganhado maior visibilidade, o TikTok.
Essa plataforma de circulação de vídeos curtos, com uma média de 15 segundos a 3 minutos, tornou-se uma das principais ferramentas de divulgações publicitárias de candidatas e candidatos a cargos públicos/ políticos. Mas será que é possível aprofundar discussões políticas em vídeos de no máximo 3 minutos? Um desafio a ser enfrentado pelos marqueteiros dos presidenciáveis para assumir o legislativo em 2023.
Na verdade, os candidatos utilizam esses espaços virtuais para conquistar o maior número de eleitores, principalmente o eleitorado jovem (16 a 38 anos) que passam boa parte do tempo nesse ambiente. É a lógica de qualquer influenciador: ter seguidores, nesse caso em específico, seguidores que viram eleitores.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) são os principais candidatos à presidência da república de acordo com as pesquisas eleitorais, além de serem adversários políticos. Dessa forma, é evidente em suas redes sociais, sobretudo no TikTok, na qual Bolsonaro tem 2,8 milhões de seguidores e Lula 1,6 milhões de seguidores, haver embates políticos entre ambos. Além de realizarem discursos em que reafirmam seus ideais, propostas de governo e ações, referem-se a seus adversários, apontando falhas, erros e levantando críticas.
Entretanto, a presença e o conflito entre a “esquerda” e a “direita” nas redes sociais não é um fenômeno novo. Hashtags como #Leftiktok e #Rightiktok (respectivamente “Tiktok de esquerda” e “Tiktok de direita”) marcam a divisão de grupos políticos divergentes nas redes (e principalmente no TikTok). Tal divisão política, somada ao fenômeno dos algoritmos (que nós já abordamos em outros textos por aqui (https://focanasmidias.com.br/youtube-e-algoritmo-o-universo-do-recomendados-para-voce/) selecionam quais tipos de conteúdos irão aparecer para os usuários, de acordo com suas atividades nas redes.
Pesquisas mostram que há, aproximadamente, 75 milhões de usuários no Brasil utilizando a plataforma. A empresa não informa dados regionais, mas diz ter mais de 1 bilhão de inscritos no aplicativo, portanto, entender o comportamento desse público nas redes e produzir conteúdos personalizados, de modo que promova uma identidade/representatividade com o eleitor/internauta e engajá-los, é essencial para obter sucesso na campanha eleitoral.
Até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em fevereiro de 2022, além de criar a sua conta no TikTok, firmou uma parceria com a empresa, cujo objetivo é combater a desinformação durante esse processo eleitoral. A parceria visa criar ações que coíbam ou neutralizem o compartilhamento de notícias falsas na plataforma, como ocorreu na última eleição de 2018, com o uso do aplicativo Whatsapp, da empresa Meta.
De acordo com o site do TSE, o TikTok oferece um canal que ajuda na denúncia de conteúdos que tentam promover desinformação no processo eleitoral. Em caso de identificação de conteúdos de natureza enganosa, a empresa irá informar ao TSE sobre tais ocorrências, além de apurar as denúncias e removê-las da plataforma.
Equipe Foca nas Mídias!
Referências:
https://www.uol.com.br/eleicoes/2022/07/10/kwai-tiktok-videos-eleicoes-presidenciais-2022.htm