Uma onda diferente: proposta pedagógica 2

“Pois é, turma, falando em eleições…”

Sabendo que estamos em ano de eleições presidenciais, por que não falar de responsabilidade democrática em sala de aula? Esta é a ocasião perfeita para mostrar aos estudantes maneiras de avaliar criticamente os candidatos antes do momento de ir às urnas, exercendo, assim, a tal responsabilidade democrática.

Muito simples: você precisa apenas de um vídeo e algumas perguntas.

Sugerimos um trecho da entrevista que Bolsonaro concedeu ao Flow onde ele comenta com o apresentador sobre fake news (Oh, Foca nas Mídias, algo me diz que essa seleção não foi por acaso, né? kkk) 

Como começar? 

  • Introduza uma pergunta, por exemplo: “E se decidir quem será o próximo presidente do Brasil estivesse em suas mãos?” (Ops! Se não está nas suas mãos agora, nas eleições presidenciais de 2022, é só questão de tempo, viu?);
  • Mostrando a tela inicial do vídeo verifique se os alunos estão familiarizados com o contexto: a plataforma (Youtube), o programa (Flow Podcasts), as personagens que participam da conversa (Igor 3K e Bolsonaro);
  • Peça que expressem suas expectativas: o que eles esperam ver e ouvir no vídeo?
  • Agora já é hora de passar o vídeo, ok? 😉

E depois, o que fazer?

CURIOSIDADE 

O que chama a atenção da turma? (Não ignore essas percepções e retome-as na medida do possível)

REDAÇÃO

Você se lembra dos critérios de avaliação de uma redação? Quando falamos realizamos uma “redação oral”. Questione a turma que nota dariam à “redação oral” das personagens da entrevista pensando nos critérios coesão e coerência.

O DITO E O NÃO DITO

Retomem juntos o que é dito no vídeo e pensem também naquilo que não é dito, mas fica implícito; ou seja, ajude a turma a ler as mensagens subliminares.

FATO E OPINIÃO

Eles são capazes de distingui-los? Levantem exemplos presentes no vídeo.

MÍDIA E ELEIÇÕES

Discuta com a turma as influências da mídia digital e analógica em um processo eleitoral.

FAKE NEWS

Afinal, o que são fake news?** Que tal desenvolver uma definição com a classe e quem sabe, em seguida, oferecer uma definição? (Nas notas sugerimos uma definição presente na publicação da UNESCO “Jornalismo, Fake News e Desinformação”).

Viu só? Agora você tem em mãos um exemplo de como aguçar o espírito crítico dos nossos estudantes, seja com o vídeo sugerido, seja com outro vídeo ou quaisquer materiais midiáticos de sua preferência. Nosso conselho: preocupe-se com a atualidade e a pertinência da proposta, garantindo que diversas discussões possam ser levantadas.

Caso decida testar nossa sugestão ou se ela te servir de inspiração, conte pra nós depois através do chat, messenger ou direct das nossas redes sociais. 

Até mais!

Equipe Foca nas Mídias!

**Evita-se admitir que o termo fake news (“notícias falsas”) possua um significado direto ou comumente compreendido. Isso ocorre porque “notícias” significam informações verificáveis de interesse público, e as informações que não atendem a esses padrões não merecem o rótulo de notícias. Nesse sentido, então, a expressão “notícias falsas” é um oxímoro que se presta a danificar a credibilidade da informação que de fato atende ao limiar de verificabilidade e interesse público – isto é, notícias reais. […] Nesta publicação, o termo desinformação é comumente usado para se referir a tentativas deliberadas (frequentemente orquestradas) para confundir ou manipular pessoas por meio de transmissão de informações desonestas. Isso geralmente é combinado com estratégias de comunicação paralelas e cruzadas e um conjunto de outras táticas, como hackear ou comprometer pessoas. O termo “informação incorreta” frequentemente refere-se a informações enganosas criadas ou disseminadas sem intenção manipuladora ou maliciosa. Ambos são problemas para a sociedade, porém a desinformação é particularmente perigosa pois é frequentemente elaborada, com bons recursos, e acentuada pela tecnologia automatizada” (UNESCO, 2019, p. 7, disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000368647)

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